quinta-feira, 26 de maio de 2011

Da síndrome da ostra

Pessoas com interesses iguais, tipo de estudo, de trabalho, de música, acabam se atraindo. Isso é fato!
E não, não estou falando de relacionamentos amorosos apenas não. Eu digo no geral mesmo. Hoje, depois de mais de um ano morando na Big City de Sampa continuo sempre achando que às vezes estou lááá em Franco da Rocha de onde eu vim, com parada pré balada no posto de gasolina e tudo.
Só no meu trabalho, uma empresa bem grande, conheço várias pessoas que passaram e agora passam direta ou indiretamente pela minha vida.
Sempre encontro alguém conhecido na rua, fiz amizade com os porteiros...
Os anos me fizeram menos tímida, mas mais desconfiada.
Sou filha única e por isso tenho o hábito de buscar afinidade com as pessoas e sinto que acontece mesmo essa atração, essa ressonância de pessoas que tem a mesma vibração acabarem se atropelando por aí e isso é ótimo.
Ótimo porque tenho certeza que Deus só traz aquilo do qual necessitamos em determinados momentos e inconsciente e conscientemente as pessoas acabam se afastando. Por conveniência, porque a afinidade acaba passando, por interesses em comum, por atividades, enfim... de vez em quando jorram amigos das prateleiras da vida pessoas e às vezes temos que deixar de ser seres tão sociais.
Às vezes temos que virar ostra mesmo, ficar quietinho no nosso cantinho, esperar que as sementes brotem e então voltar pra nossa eterna batalha de seres sociais que somos.
Agora tenho minha casca de 30m2, com um fogão, chuveiro, maquina de lavar, tv, dvd (Thanks Lis), mesa (Thanks Tony), computador (Thanks Lis again) e agora mais chique com combo da net pra eu entrar mais ainda na casca e curti-la mais e mais.
Como diria Marisa Monte em resposta a Vinícius: "Quem foi que disse que é impossível ser feliz sozinho / Vivo tranquilo / A liberdade é quem me faz carinho". E calma... isso não significa que eu queira ser uma daquelas tias solitarias que fica em casa o dia todo e é uma sem amigos morando em seu espaço-bolha. Não, não!! Mas o carinho diário da minha liberdade e ver na tv o que eu quiser de não ter de apagar a luz se eu não quiser, de optar por cozinhar ou não, de receber ou não pessoas, de sair ou não é a coisa mais preciosa que eu tenho. Tanto é que se vem alguém aqui em casa e quer dar qualquer palpite que seja eu fecho o bico e a cara, porque é MEU!
Adoro minha concha, minha casa e é bom sair dela também. A ostra aqui da uma espiadinha, vê a luz do sol, interage, mas minha casa ta sempre aqui, me esperando, como minha melhor companhia.

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