quarta-feira, 28 de agosto de 2013

A saga pela honestidade nas relações

Eu adoro gatos! Desde criança eu os tive, pelo menos um. E por que eu amo gatos? Eles são os amigos mais honestos que se pode ter! Se gostam, demonstram, se não gostam te ignoram, se não curtem o que está fazendo ou te arranham, ou te mordem ou abanam o rabo em protesto... depende da afinidade que tem com você.

E mesmo quando estão atrás de você com interesse, a coisa é tão óbvia que você sabe o objetivo deles.

Ok, mas o que os gatos tem a ver com a honestidade nas relações humanas? Tem a ver que eu gostaria que todos os humanos fossem como eles. Gatos são vaidosos, brincalhões e carinhosos e quem os conhece se surpreende positivamente devido lealdade de sua companhia silenciosa.

Quem dera todas as pessoas próximas a nós fossem assim leais. Quem dera a vaidade das pessoas que nos cerca fosse apenas para que as mesmas se sentissem belas e agradáveis para si mesmas e para as outras. Quem dera as pessoas tivessem a capacidade de ser uma companhia silenciosa e ao mesmo tempo comunicativa como os gatos.
Quem dera as pessoas fossem honestas em suas reações e até mesmo nos seus interesses nas outras...

Diz a lenda que gatos são traiçoeiros, que não se apegam às pessoas. Muito ao contrário! Graças a Deus as pessoas, em sua maioria se mostram boas, confiáveis, amáveis, mas às vezes, por mais que nos esforcemos, por maior que seja nossa amizade, amor e dedicação, noto que nem todos são leais, nem todos são confiáveis, mas sim traiçoeiros e eu, infelizmente tenho a mania de confiar nas pessoas até as últimas consequências. Eu demoro para me dar conta que eu não sou mais importante ou até sou descartável para determinados indivíduos.

Mas sabe, como os gatos com quem eu aprendi o poder máximo de amor e confiança, eu também aprendi com as pessoas a valorizar quem eu sei que é bom para mim e para os outros, quem respeita os sentimentos alheios e, acima de tudo, quem honra e exemplifica as própria palavras, porque quem age sem dizer já prova o que sente.

Eu sei que daqui para frente muitas pessoas entrarão em minha vida e torço para que cada vez mais elas sejam como os gatos em todas as características positivas e eu, pretendo ser como eles se não gostar delas: ignorar e seguir em frente, afinal os gatos não guardam mágoa, eles vivem na sua bela elegância de sempre.


quarta-feira, 14 de agosto de 2013

Mas eu só queria...

"Nosso dia vai chegar,

Teremos nossa vez.
Não é pedir demais:
Quero justiça,
Quero trabalhar em paz.
Não é muito o que lhe peço -
Eu quero um trabalho honesto

Em vez de escravidão.
(Legião Urbana, Fábrica)

Muito, muito, muito tempo sem escrever aqui...
Falta de inspiração? Pura piração? Excesso de coisas na cabeça? Nada na cabeça?
Não sei... eu escrevo ali no meu caderninho, no lugar reservado só para meus olhos e, às vezes, alguns especiais, mas uma coisa mais pública não estava podendo.
Acho que me encasulei de vez e agora estou botando a cabecinha ali fora pra dar uma olhada.
Sabe, muita coisa aconteceu nos últimos meses e ao mesmo tempo nada aconteceu. Meu universo, na maior parte do tempo, se restringe aos 30m² do apezinho onde eu moro.
É muito esforço pra sentar todos os dias invariavelmente na frente do computador e mandar e-mails, encaminhar esperanças e boas energias para os sites de emprego, empresas, RH's e Linkedin e tudo relacionado à procura de emprego.
Muitas vezes eu achei que ia conseguir, mas passei raspando. Cheguei até a ter aquela certeza tranquilizadora, mas faltou feedback, tive excesso de feedback, ou foi aquele feedback padrão das empresas.
Eu entendo que os RH's devem estar assoberbados de trabalho, eu entendo que são muitas pessoas que os procuram, também entendo que é complicado dar retornos personalizados. Mas não entendo a falta de respeito com a pessoa que dispôs de seu tempo, dinheiro (sim, porque gastamos com transporte, pelo menos, para estar na hora e local marcados), esperanças e sonhos. Infelizmente não há empatia na relação das equipes de RH com os candidatos.
Também é muito difícil saber o que venho fazendo de errado: tenho curso superior, pós graduação, falo um segundo idioma fluentemente, tenho experiência, sou uma ótima profissional,mas mesmo com tudo isso, é incontável o número de "não" que recebi nos últimos meses. mas como é que vou provar isso para as empresas se simplesmente não tenho mais oportunidade? Me sinto novamente como quando procurava o primeiro emprego, angustiada e me sentindo incapaz, quando não o sou!
Sofro muito com isso, porque tudo o que eu quero e preciso é de um trabalho com o qual eu possa viver com dignidade, pagar minhas contas e sobreviver sozinha, sem sentir esse desespero que venho sentindo.
É meio que uma sensação de afogamento, de sufoco iminente. Quanto mais o tempo passa, mais incapaz eu meu sinto, mais frustrada, mais cansada, apesar de não estar fazendo nada, porque as pessoas definitivamente não foram feitas para não fazer nada, para não se relacionar com outras pessoas a não crescer no dia a dia.
Eu gostaria de saber qual é esse gap entre todo o meu currículo, experiência e networking para que até agora as empresas não tenham me contratado e estou me esforçando todos os dias para descobrir isso.
Mas, o maior esforço, o maior desafio que eu vejo não é só enfrentar mais uma entrevista, mais um não por e-mail, mandar mais um currículo, preencher mais um formulário... o maior desafio de todos é manter a esperança, a confiança e não desistir de mim mesma nem da minha carreira. O maior desafio é ser positiva sempre, é me ajudar sempre e continuar procurando.
Acho que procurar emprego é como vigiar ovos de tartaruga: é necessário cuidar dos predadores, acompanhar a corrida até as ondas do mar e, com sorte, algumas poucas voltam para essa praia para se reproduzir na próxima temporada e, com mais sorte ainda as mesmas voltem e voltem e voltem...
Eu de verdade espero que logo essas tartarugas voltem para a minha praia, porque essa temporada está longa demais, por isso estou aqui vigiando e sexta-feira tenho mais uma corrida pras ondas...