terça-feira, 28 de junho de 2011

Pressão pra baixo



Eu não a escolhi, eu não a chamei, mas ela vem me seguindo faz um tempo



Há vezes em que ela me alcança



Outras eu consigo fugir



Tem momentos que eu nem lembro que ela existe



E fico feliz quando isso acontece



Não gosto de falar disso



Não gosto de ser julgada



Não gosto de ser rotulada



Mas morro de medo dela



Tenho medo que ela me alcance e fique definitivamente



Sabe aquelas visitas indesejadas...



Dessa vez ela veio se instalando, devagarinho, sem eu perceber



E de repente ela acabou de ocupar toda a minha vida



Meu tempo



Meus sonhos



Minhas palavras



Minhas lembranças



Hoje com um pouco de ajuda estou aqui



colocando a vassoura atrás da porta



e se alguém conhecer outras simpatias eu tou topando



Porque eu quero que essa visita inesperada,



de mal gosto, de mal agouro vá embora



definitivamente



Pra todo o sempre



E eu continuo contando com a ajuda de quem me ama de verdade



Porque eita visitinha ruim de expulsar!






sábado, 25 de junho de 2011

Orgulho!!

Gente, amanhã é dia de Parada, o segundo maior evento do ano na cidade de Sampa e eu como boa moradora da Frei Caneca estou sentindo a efervecência (maior do que o normal), a alegria, a quantidade de gente diferente (em qualquer sentido que se possa imaginar) e a ansiedade pela data.
Sei que boa parte vem pela pegação, pelas baladas, pela diversidade, para observar...
Eu, apesar de hétero acho que vale uma verdadeira parada pelo Orgulho de todas essas pessoas que se esforçam, que trabalham, que estudam mas que até hoje ganham rótulos. Como eu já li em algum lugar, rótulos são para geléias e pessoas são pessoas. Tem muito hétero que se veste mais Drag do que uma Drag, tem muito hétero que é mais promiscuo do que uma balada inteira de gays juntos... Gente é gente, tem gente boa e gente má em todos os lados.
A minha pretensão aqui não é a de levantar nenhuma bandeira, mas dizer o quanto eu tenho orgulho dos meus amigos gays. Gente, tem que ser muito macho pra ser gay, muito muito!
Conheço muito hétero que não aguentaria a pressão da família, das pessoas e da sociedade, a dificuldade de não poder falar para a família e filtrar alguns amigos que podem saber que se está amando alguém, de se confrontar sobre postura nos locais, não expressar carinho por quem se ama na maior parte dos lugares só pra não receber olhares tortos ou até apanhar, como já vimos nos jornais (e que meus amigos gays muito machos fazem piada falando que tão correndo o risco de tomar uma lampadada na cabeça).
E mesmo com tudo isso, todos sabemos que as músicas que eles ouvem são as melhores, as baladas são as mais divertidas, os restaurantes que frequentam tem a comida mais falada. Eles ditam moda, estilo, são os mais bem vestidos e cheirosos e todos estão com a leitura em dia, conhecem as músicas que estão bombando e sempre mostram uma bandinha que não conhecemos.
Quanto a mim, queridos, agradeço as vocês por confiarem em mim em contar, por me ligarem pedindo ajuda, por me escutarem, por ja terem limpado minhas lagrimas, por ja terem me feito rir até chorar, por me chamar à noitinha pra um chopp no botequinho, por criar um look que me deixa gata, por me salvar na balada sendo muito macho sim senhor, por me tirar de casa me salvando da "mágoa do pântano", por entender que em alguns dias não tou podendo sair e até por me dar bronca de eu não querer ir, simplesmente porque gostam da minha companhia.
Agradeço a vocês sua amizade, sua sinceridade, aos bordões impagáveis que todas ama, todas qué, acho muito digno, louvável de falar e jamais julgaria porque somos todos assim do nosso jeito.
E sabe por que eu acho que gay é muito muito macho pra ser gay?? Putz, eu sendo menina não entendo os meninos, não entendo as ações, as palavras, meninos me confundem, mas eu gosto do desconhecido. Vocês meus queridos são homens, têm corpo, cabeça e ações de homem e mesmo assim gostam de homem e continuam não entendendo tanto quanto nós meninas.
Quanto as minhas amigas que gostam de meninas... afff vai aguentar tanta TPM!!!
Queridos amigos, obrigada por existirem na minha vida, vocês a deixam muito mais colorida e me ajudam muito a entender o "outro", até cupido ja ganhei nessa rsss...
Aproveitem amanhã, juízo! Façam da diversão seu maior protesto. Bjooss

terça-feira, 21 de junho de 2011

Cansada + Brava +Tédio + TPM = Cuidado Frágil


Vááários dias sem escrever mas ando ocupadinha e as idéias não brotam.
Tem dias que é tudo ao mesmo tempo agora e a gente tem que dar uma de maestro regendo uma orquestra: dar as costas pra platéia, ficar na nossa e cuidar e nós mesmos e é o que eu ando fazendo, cuidando de mim, da familía das coisinhas normais de menina... isso porque na minha casa a única família sou eu rsss mas eu me amo e preciso dedicar um tempinho pra mim, botar as idéias em ordem, cuidar da vaidade, fazer planos...
Tem dias que o cansaço é tanto que por mais que a gente queira interagir, não dá, temos de abdicar das baladas de ambientes caóticos, senão surtamos, e logo eu a pessoa surtadinha.
É muito bom ser menina, é bom ter pele de menina, corpo de menina, fazer coisas de menina, mas a bendita da TPM nenhuma menina merece. Cada uma reage de uma forma, cada uma tem seu jeito e o meu é o do tudo ao mesmo tempo agora, de atacar várias coisas, inclusive eu, que ando atacada.
A palavra egoísmo continua me revoltando. Vamos ao dicionário: " Hábito ou atitude de se colocar os interesses, opiniões, desejos, necessidades próprios em primeiro lugar, em detrimento do ambiente e das demais pessoas."
Sim, sim, eu vejo isso todos os dias, no trabalho, quando os clientes não querem me ouvir, na família que a maioria se nega a doar um tempinho de sua vida para cuidar da minha avó e uns dos outros, em determinadas amizades que passaram, em relacionamentos que passaram.
De vez em quando temos que ser egoístas, mas nas horas certas e absolutamente não é justo descarregar nossas raivas, nossas frustrações nos outros que muitas vezes não têm culpa ou nem sabem o que está se passando com o outro lá do outro lado da linha.
Vamos agora a outra palavrinha mágica: Empatia!!! Criar empatia nessa vida é fundamental.
A palavra empatia tem a sua origem na linguagem grega – empatheia, que significa tendência para sentir o que se sentiria caso se estivesse na situação e circunstâncias experimentadas, vivenciadas por outra pessoa.
Isso vale para os clientes, para a familia e para qualquer relacionamento que tenhamos na vida. Nem sempre é facil porque o conflito entre egoismo e criar empatia é enorme. Para criar empatia temos que tirar o olhinho do umbigo e tentar ter uma idéia do que acontece com os outros o exercicio muscular e amplitude da imagem dificulta a visão das pessoas, o que me traz a outra palavrinha: raiva!
"Raiva é um sentimento de protesto, insegurança, timidez ou frustração, contra alguém ou alguma coisa, que se exterioriza quando o ego sente-se ferido ou ameaçado. A intensidade da raiva, ou a sua ausência, difere entre as pessoas. Joanna de Ângelis[1] aponta o desenvolvimento moral e psicológico do indivíduo como determinante na maneira como a raiva é exteriorizada."
Cada um exterioriza sua raiva de uma maneira, mas eu ando tão brava que ja não sei como botar pra fora. Tou pensando em academia, terapia, bate papo, mas a maledeta continua lá.
Acho que desatando os nós da vida a raiva vai passando, vamos esquecendo e vai ficando tudo lá cada vez menor, no final do tunel, desaparecendo devagarinho.
Mas até os nós todos serem desatados tou dando um tempo pra eles, pra mim, botando na gaveta, ignorando a chatice dos clientes (sim, tento criar empatia com eles, mas nem sempre a conexão é estabelecida), tentando ajudar a família, cuidando dos BONS amigos e, principalmente de mim mesma... aiiii TPM!!!

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Tempo, tempo, tempo...



Esses dias estava cheia de idéias na cabeça mas sem nenhuma coragem pra sentar aqui no meu banquinho e escrever. Acho que a minha cabeça tava meio sobrecarregada, aí me dei uns dias de folga de escrever, precisava dar um tempo pra mim mesma, cuidar de mim, da minha casa, dormir muito, ver tv e ficar longe da tela de computar que eu fico vendo umas 10 horas todos os dias no trabalho.



É impressionante como o tempo é transformador. O tempo cura, o tempo apaga, o tempo muda. Esses dias a médica me disse que eu teria de continuar meu tratamento até eu reconhecer a velha Be, reconhecer a mim mesma e eu disse pra el que isso jamais aconteceria, pois tantas coisas aconteceram que eu nunca mais vou ser igual á velha Be.



Pra mim, o tempo vem sendo bom, conselheiro, amigo e acho ótimo que ninguém acredite na minha real idade quando eu falo, sinto-me orgulhosa e é herança de família.... rsss



Ao mesmo tempo penso em como o tempo pode ser difícil, pesado, cansativo. Vejo isso claramente na minha avó, de quem eu morro de saudade. Não que eu não possa visitá-la, sim eu posso sempre que eu quiser, mas o tempo também a transformou. O tempo, somado às doenças fizeram dela hoje um filetinho do que ela foi um dia.



Minha avó nunca foi daquelas avós normais que fazem bolo, tricô e vêem novela. Ela era muito mais do que isso. Minha avó subia em árvore, atravessava a represa toda a nado, subia no telhado, gostava de mexer na terra, de plantar, de carregar peso, de fazer fogueira no quintal (e atrapalhar os vizinhos), de ir à feira e à todo lugar com seu carrinho de feira, de cortar madeira, de falar palavrão (em mais de um idioma)... Minha avó é uma das mulheres mais corajosas que ja conheci.



Ela me defendeu quando eu precisava, cuidou de mim e de todos os meus outros 13 primos sem reclamar, mas com muito prazer. Me levava para todos os lugares com ela, porque até pouco tempo eu morava com ela e aprendi quase tudo o que sei com ela, não que eu não tenha mãe, mas eu considero como se eu tivesse duas mães: uma que trabalhava muito muito e que eu via de vez em quando e a outra que eu convivia sempre, discutia, que me obrigava a comer coisas que eu não gostava a tarde toda de castigo, me fazia leite com nescau de manhã com pãozinho antes de ir pra escola, me ensinou a pintar, a usar roupas legais (minha avó pra sair usava capa, brincos bacanas, vstidos coloridos...) , a economizar e até a acumular tranqueiras.



Eu e minha avó ja rimos muito, ja fomos cumplices, ja contei segredos pra ela que minha mãe não sabe, cozinhávamos juntas, dançavamos valsas na sala de casa e ela me contava muitas muitas histórias.



Mas eu e minha avó temos um gênio bem dificil e por isso ja brigamos muito também. Mas quem nunca brigou com quem e por quem amamos?



Minha avó me ensinou que caminhar faz bem pra alma (o que eu tenho feito com frequência), pra mente, ela ficava feliz em tomar chuva, me ensinou a amar os animais, não só a mim mas toda a familia.



E hoje, como eu disse ela não é nem um décimo do que ela era. Antes ela me chamava de "minha companheira" porque eu ia com ela a todos os lugares, e como nós andavamos. Aprendi muito de História com ela, de gostar de prédios antigos, de coisas antigas.



Hoje minha avó está com quase 89 anos, precisa de ajuda para caminhar e por conta de 2 AVCs, infartos, seu coração está bem fraquinho e por isso ela quase não se lembra de nada, de nenhuma memória recente. Acho que isso é mais doloroso pra nós do que para ela.



Estou escrevendo poque venho sentindo muita muita saudade daquela mulher que andava comigo de mãos dadas, que me punha no colo e balançava porque dizia que dava cãimbra, mas eu amava o balanço das belas pernas dela. Sinto falta daquela mulher que me fazia miojo, que me dava doces, que comprava muitos muitos presentinhos pra mim e que hoje, quando eu vou segura-la pela mão para ajuda-la, ela diz: você é um amor, me da um beijo!



Hoje como ela fazia, eu durmo no chão, tento ser forte e indepentente, mas sei que não deve ter sido facil.



Eu sei que de alguma forma ela lembra de mim e de tudo o que passamos juntas, que nós éramos as companheiras. Eu sei que ela sabe e sente que eu a amo muito muito e que estou com muitas saudades da minha velha Hilllda, como eu a chamava e eu sei que o anjinho da guarda dela ta dando meu recado: Hillda Ich liebe Dich....pra sempre!

terça-feira, 7 de junho de 2011

Metáforas Bibliograficas




Hoje eu estava com várias idéias sobre coisas para escrever: da Amélia que existe em mim e que despertou e arrumou a casa, do passeio no Centro que fiz com a Lisa no último final de semana, do meu auto-spa, do boliche com meus amigos e de conhecer a linda casa da Di e do Leo, de dar uma caneca com estampa suspeita pra minha avó...




Toda vez que vou postar fico com o texto, as idéias na cabeça e quando estou voltando do trabalho para casa parece que vai tudo se desenrolando na minha cabeça, vou saindo do metro, andando na rua, percebo que estou perto de casa quando passo pela árvore de Dama da Noite, pelo Bar da Louca, pelo Shopping e enquanto observo, o texto vai se desenrolando aos pouquinhos...




Na minha vida sempre tive uma relação muito boa com a leitura e com a escrita. A leitura sempre me levou a conhecer mundos, culturas, hábitos, palavras, maneiras de pensar diferentes das minhas. A escrita sempre foi uma forma de eu me expressar, colocar uma idéia, um sentimento de maneira palpável e com isso, de certa forma, me ajuda a fazer com que as coisas boas se tornem realidade.




Agora estou revisitando um livro ja lido, que ja sei o começo, o meio e o fim, mas alguns capítulos não ficaram claros. Esse é um livro daqueles que cada vez que se lê temos uma interpretação diferente, pegamos uma coisinha aqui, outra ali... e de vez em quando o deixamos lá quietinho, na prateleira para pegarmos de volta e continuar quando estivermos no momento certo.




Toda vez que pego esse livro volto para a mesma página e capítulo e a história não flui. Tenho que ler e reler, ja consultei outros livros, dicionários até outras bibliografias, mas acabo voltando sempre na mesma parte da história.




Minha sensação é que estou de volta a escola, lendo um daqueles clássicos da literatura, que não estamos preparados para ler aos 13 anos, pois não temos vocabulário nem experiência de vida para captar a essência, o que o autor quis dizer nas entrelinhas.




E toda vez que pego o livro, volto a essa página, canso de ler e reler, consultar, perguntar, mas as conclusões não vêm para que eu possa continuar a ler, terminar o livro e guardar lá na minha prateleira, lindo e glorioso, como complemento da minha biblioteca, da minha formação.




Estou em dúvida, se eu encosto o livro novamente e tento voltar à história novamente mais tarde, quando estiver mais preparada, ou se eu sento e estudo essa história, esmiuço tudo para finalmente esquecer de vez, quem sabe fazer uma doação, vender a um Sebo...




Eu acho que a essa conclusão eu vou chegar sozinha, como em muitas coisas que fiz ultimamente. Mas me sinto incomodada de ficar perturbando as pessoas sempre com o mesmo texto, as mesmas dúvidas, as mesmas angústias...




Um vez o Renato Russo escreveu "sei que as vezes uso // palavras repetidas // mas quais são as palavras que nunca são ditas..." a questão é que eu mesma estou cansada de ser repetitiva.




Peço desculpas aos meus consultores, dicionários, fontes e afins, mas será que alguém aí tem um livro novo pra me doar, emprestar, sugerir?




Há alguma resposta? (eco eco eco eco)




Mas agradeço de coração a todos sem exceção, a quem consulto ou ja consultei sobre esse velho e desgastado livro e que me deram uma resposta simples e verdadeira.




domingo, 5 de junho de 2011

Minha jaqueta verde


Sabe aquela música dos Paralamas: "Eu hoje joguei tanta coisa fora
Eu vi o meu passado passar por mim
Cartas e fotografias gente que foi embora.
A casa fica bem melhor assim..."
Pois é assim que estou me sentindo. Esses dias venho mandando embora coisas do passado, roupas que não uso, nem usarei mais pois me trazem lembranças não muito agradáveis, objetos, bilhetes, fotos... Guardei algumas coisas longe dos meus olhos porque um dia as cicatrizes se fecham e a gente acaba com um sorriso vendo determinada coisa. Mas confesso que estou aliviada com a partida dessas coisas.
Minha médica, judia, costuma dizer que quanto mais a gente doa, mais energia acululada tiramos de nós (como as células mortas da pele quando fazemos esfoliação) e mais coisas positivas atraímos para nós.
No Feng Shui, ciência milenar chinesa, dizem que energia parada não faz bem e eliminar coisas atraem coisas novas e boas.
Pois sim, venho constatando isso na prática!
Depois de doar algumas coisas há alguns meses adquiri uma jaqueta pela qual eu e várias amigas nos apaixonamos no Bazar que minha empresa promove de vez em quando. A jaqueta em uma loja normal custaria uma bagatela mas eu a comprei por um preço muito bom, junto com outras ótimas peças. Com a minha jaqueta, me sinto muito linda, estilosa e quentinha, ou seja supre todas as necessidades de uma mulher moderna.
Pois bem, sempre que quero me sentir linda eu a uso. Foi no meu aniversário com um tubinho preto, foi numa balada com meus amigos, foi no trabalho, num bad mood day e foi num dia determinante da minha vida que eu a usei, um pouco antes de começar a postar no meu blog que a usei novamente. Pois bem, resumindo, eu passei mal no lugar, fui embora, foi tudo horrível e passaram-se duas semanas e eu não conseguia ir buscar a jaqueta. Liguei para o pessoal da balada varias vezes em pânico querendo muito minha jaqueta de volta.
Sexta passada (anteontem) fui lá, andando da minha casa, na Frei Caneca até a balada que fica na Alameda Franca (quem mora em Sampa deve fazer uma idéia da lonjura). Fui andando porque eu não queria ir lá, relembrar que eu passei mal, que depois daquele dia eu fiquei triste. Fui andando para espairecer, para pensar, para observar. Fui andando pra gastar energia, para suar. Fui andando porque minha avó sempre dizia que andar faz bem pra mente, pra alma e para o corpo, especialmente as pernas (sim minha avó, hoje doente ainda tem belas pernocas aos 88 anos).
Chegando lá, conversei com os seguranças, que foram de uma simpatia maravilhosa, que chamaram o gerente, que, por sua vez foi procurar minha jaqueta, enquanto eu conversei com os seguranças (um homem e uma mulher) na porta da balada, que me fizeram rir muito com suas histórias e me contando o que aconteceu na última vez que estive lá, afinal eu não me lembro.
Para minha grata e maravilhosa surpresa, minha jaqueta foi localizada, entregue e eu mais do que agradeço ao pessoal do DJ Club bar, pela honestidade em manter minha jaqueta duas semanas depois e me devolverem inteirinha e cheirosa ainda no plastico.
Fui embora de lá sentindo-me feliz da vida e fui à pé novamente até a peixoto Gomide dar risada no esquenta da balada dos meus amigos (gente, desculpem, mas preciso de um tempo de balada, é sério!).
Contei a história toda para eles, fui paquerada na Paulista no caminho (como previu a Sol outro dia lá empresa quando me viu triste) e vim embora feliz, eu, minha jaqueta, as risadas de meus amigos.
Agora tenho uma peça mais do que preciosa, que continua me deixando estilosa, bonita, que me traz a lembrança de que posso confiar nas pessoas sim, e que me traz auto confiança, porque conforme a Sol dissse, sim, sim eu sou foda!

quinta-feira, 2 de junho de 2011

Bio-logia



Hoje é um dia especial, muita coisa nova acontecendo com pessoas que gosto muito.
Muita vida nova ao meu redor, em todos os sentidos!
Sou eu querendo e mudando de vida, afinal esse mês faz um ano que estou trabalhando num lugar que eu amo, e ja tem mais de um ano que eu comecei a mudar de vida e aos poucos as coisas estão indo para seus devidos lugares, tudo em seu momento certo.
Tenho amigos buscando seu lugar ao sol nesse mundo, seja trabalhando, seja buscando seus objetivos, como casa, casamento, viagem, estudos...
Tenho amigas que estão mudando de vida e esperando uma vida (que me emocionou muito muito muito hoje, ela sabe disso).
A vida de cada um floresce de uma maneira diferente e, na minha crença eu acho que lá em cima, antes de partirmos pra cá escolhemos certas metas, certas pessoas, certos convivios e Deus acaba dando uma ajudada dando uns bonus de vez quando com momentos especiais, mesmo que curtinhos. Esses bônus podem vir num sonho, num insight, num momento em que sua visão periférica é aberta um pouco e você acaba vendo algo a mais do que de costume. É a moça que eu vejo de manhã levando o nenê e o cachorro pra passear, é me perguntar se nesse dia vou dar bom dia pra Ká em algum cruzamento aqui nas ruas pertos de casa, ou o abraço que ela me deu de segundos outro dia quando eu tava mal. Obrigada Ká!
Hoje dei muitos abraços no trabalho, por um obrigada, por parabéns de aniversário, de promoção (não de preços especiais, mas porque alguém que eu gosto muito foi pra um cargo ótimo), por comoção, por simples amizade e não, nenhum abraço de consolo, mas de alegria.
Biologia é o estudo da vida (Bio=vida // Logia = Estudo) e quando eu estava na escola me lembro de estudar as células, que cada uma delas compõe nosso corpo, cada uma com uma função diferente. Acho que esses belos momentos são como pequenas células que nos fazem levantar todos os dias, por mais cansados que estivermos, por mais de "saco cheio", a gente está lá trabalhando e se ajudando.
Ja falei aqui que muitas pessoas podem ser passageiras, outras vão e voltam, mas o fato é que a vida é feita assim, de outras vidas que nos trazem felicidade.
E as vidas que não nos trazem felicidade?? Segundo a Biologia e o conselho de uma querida amiga: o corpo humano é composto de 75% de água, então pra que perder tempo com água?? No mercado perto de casa vende um monte.... e também ta inclusa no condominio, assim como a minha paz e o meu sossego.

quarta-feira, 1 de junho de 2011

A gente não quer só comida...



Aiiii, pecadinhos da vida... tão bom cometê-los de vez em quando e esses dias a gula está desenfreada.
Sábado fui na Dani, que agora dona-de-casa, acha que deve alimentar as amigas porque estão todas doentes e desnutridas, especialmente essa aqui, a amiga que mora sozinha. Pois foi macarrão divino, com pão de queijo, com a salada - só pra tapear querendo dar uma de saudável. Depois vimos Preciosa no DVD e o filme é tão bom que vimos dublado mesmo, só pra poder sentar na mesa e jantar com o Massao, afinal, não satisfeita com o almoço, agora com um cúmplice a Dani me fez comer mais pizza, mais salada..... ai como sou mimada na casa de meus miguxos. O melhor de tudo é que comida vem sempre acompanhada de conversa, o que é melhor ainda e agora estamos na fase de 1001 novidade e, por que não utilidades, afinal quanto mais adultas ficamos, mais responsabilidades, mais atividades e mais improvisações em nossas vidas.
Domingão, ainda em recuperação fiquei na cama e acabei comendo o "macarrão da garota solitária", muito bom por sinal, afinal eu me amo e mereço uma bela alimentação.
Agoras das últimas 24 horas até agora... a ecatombe culinária.
Todos achamos que haveria greve do metro, então, para poupar minha vida de (mais) stress, Lisa me convidou para dormir em sua residência e eu me convidei para fazer algo para comer.
Uma pequena dica sobre minha pessoa: eu gosto de cozinhar e, sem falsa modéstia, eu cozinho muito bem. Se alguma vez eu cozinhei para você, ou me ofereci para cozinhar algo, meu caro leitor, significa que eu gosto muito de você. Por que?? Porque para as pessoas que eu amo eu dedico o melhor de mim, eu coloco minha essência e cozinhar é um dos meus maiores prazeres se eu estou de bem com você com a vida. Cozinhar significa que estou pondo lá na panela, na forma ou e qualquer coisa que seja, carinho, amor e o conhecimento que eu tive desde pequena vendo minha família cozinhar e também aprendendo um pouco aqui, um pouco ali. Por isso cozinhar para meus amigos, para minha familia e para quem eu amo, significa uma demostração de amor maior do que dar um presente caro, tenho certeza que muita gente vai se lembrar de determinado dia em que ficamos na cozinha conversando, cozinhando, bebendo...
E foi assim ontem na Lisa, quando eu fiz as bruschetas que ela me pediu para a mãe dela. E eu fiz e foi um sucesso, né Alice?
Dormimos felizes e satisfeitas vendo Friends na tv. E a Lisa ainda postou a foto aqui presente pra fazer inveja para as pessoas.
E quanto as horas seguintes?? Hoje teve Pri Akemi de volta ao batente e de volta pra gente. Sopa no almoço junto com pão de batata e, numa hora que eu menos esperava, Paulete veio na minha mesa com o convite: vamos pra algum lugar?? Vamos!!! Vamos comer até sair rolando e fofocar muito?? Obvio que vamos!!
E fomos, só eu e Paulete depois do trabalho pra um rodízio de pizza. E saímos rolando de lá e acho que vou ter insonia hoje de tanto comer.
E, como sempre, conversamos tanto, destilamos venenos, falamos mal da vida alheia (porque Deus perdoa) e fomos comendo e falando que quando vimos era tarde pra caramba.
Paulete disse que ainda bem que lá não tem aqueles papéis e giz de cera para anotarmos quanto e o que comemos pra não dar tanta culpa, se bem que ia ser divertido anotar isso e o TP das conversas (né Caio?), iria ser inspirador pro futro, e isso porque estavamos sóbrias.
Não sei se é porque ainda não me recuperei da hecatombe gastronômica e ta um frio em Sampa, mas vim pensando, rolando no caminho de casa, que boa parte dos melhores momentos da vida, as melhores conversas foram à mesa ou perto dela e desde sempre.
Lembro das mãos da minha bisa comendo uma pera e eu, pequena associando sua mão manchada e enrugada com a pera. Lembro da minha mãe servindo chá no meu bule do snoopy. Da galera toda em casa no Natal fazendo strudel e chucrute. Lembro dos almoços com o pessoal de todos os trabalhos que tive. Dos jantares simples ou românticos, que eu fiz ou não para quem ja amei, lembro das minhas amigas rindo muito em uma certa sorveteria em Sampa. Lembro de eu ir em restaurantes Japas só pela companhia inúmeras vezes (porque eu ODEIO peixe).
Hoje, pensando nos meus gastos pessoais eu sei que boa parte do dinheiro que ja gastei foi para comer bem. E tenho me policiado para ter a tal da comida, diversão e arte, mais barato e com qualidade, o que não é fácil.
Mas certo é que mais do que a comida, o que vale é a companhia, a conversa e as lembranças, porque isso nada nada vai me tirar.