sábado, 18 de fevereiro de 2012

Cansada!

Ahh, carnaval...
Ótima oportunidade para descansar, dormir, não fazer nada.
Mas puxa vida, minha vida está ultimamente muito resumida ao trabalho. Nos dias normais eu só trabalho e quando chego em casa só quero descansar do trabalho.
Estou em busca de novas atividades, praticar lazer, fazer alguma atividade prazeirosa, diferente e não relacionada a trabalho... e praticar "nadismo" em casa não está incluso.
Agora no final de semana de carnaval, estou na busca da fuga do carnaval. Já falei aqui do "direito inalienavel ao mau humor" e além dele, eu defendo que nesses feriados, como Natal, Ano Novo e carnaval, não somos obrigados a sermos 100% felizes o tempo todo, viver na folia, ser fofos e abraçar a todos... é muito frustrante a gente buscar a felicidade por obrigação.
Eu prometo que vou buscar a felicidade, mas como remédio homeopático, que vem em pequenas doses para que o resultado seja permanente.
Acho que nem um momento de felicidade e nem um dia de trabalho tem que passar assim tão rápido que nem notamos, mas a gente tem que ter esse cuidado de, de vez em quando, dar uma parada e olhar, analisar o que fazemos com o nosso cotidiano, afinal é nele que botamos as pedrinhas de lego da nossa felicidade e não no fast food que é um final de semana de carnaval.

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Visualização


Hoje, como me vejo:
Aquela estátua daquela praça ali pertinho de casa. Bem concebida, com um ótimo projeto, por arquitetos, não renomados mas com potencial.
Sou aquela estátua que sofre com o tempo metereológico, com o tempo físico
Sou aquela estátua na qual vem um passarinho e faz um cocôzinho (que dizem em algumas culturas ser sinal de sorte, mas na minha é nojento mesmo), vem um infeliz faz um xixi, quietinho, na moita porque ninguém vai ver...
E eu, a estátua, estou ali parada, com meus olhos a observar os acontecimentos, a vida a meu redor. De vez em quando alguém vem, lembra que é necesário cuidar do patrimônio, dá uma cuidada, uma "revitalizada", mas em seguida volta tudo como antes
E os meus olhos continuam a observar, e o meu corpo, como dizem nas artes, com carateristicas de movimento, mas ainda assim uma estátua.
Hoje como dizem que me vêem:
"Bê, mas você tem que ter um orgulho danado do que tem, do que conquistou em tão pouco tempo".
"Bê, tenha paciência, não se apavora, você é corajosa"
"Bê, você vai conseguir tudo o que quer e muito mais, só racionaliza"
"Bê, você é linda e você nem sabe o quanto, temos orgulho do que vc é, por dentro e por fora."
Como eu queria que as coisas fossem:
De repente, como nos desenhos da Disney, misturado com Monteiro Lobato e contos de fada, viesse pra cima da estátua supracitada um pouco de pó de pirilimpimpim e a estátua, além de mexer os olhinhos pro mundo, pudesse ver a si mesma com os mesmos olhos que dizem vê-la: com mais coragem, menos medo e cuidando do próprio patrimônio, afinal essa estátua aqui mora em São Paulo e quem mora aqui não pode depender de serviço público, tem que se auto mobilizar...
Mas o duro, o difícil, o complicado, é esperar o tal do pó de pirilimpimpim... a estátua aqui ta tentando uma mágica partindo de si mesma...