terça-feira, 7 de junho de 2011

Metáforas Bibliograficas




Hoje eu estava com várias idéias sobre coisas para escrever: da Amélia que existe em mim e que despertou e arrumou a casa, do passeio no Centro que fiz com a Lisa no último final de semana, do meu auto-spa, do boliche com meus amigos e de conhecer a linda casa da Di e do Leo, de dar uma caneca com estampa suspeita pra minha avó...




Toda vez que vou postar fico com o texto, as idéias na cabeça e quando estou voltando do trabalho para casa parece que vai tudo se desenrolando na minha cabeça, vou saindo do metro, andando na rua, percebo que estou perto de casa quando passo pela árvore de Dama da Noite, pelo Bar da Louca, pelo Shopping e enquanto observo, o texto vai se desenrolando aos pouquinhos...




Na minha vida sempre tive uma relação muito boa com a leitura e com a escrita. A leitura sempre me levou a conhecer mundos, culturas, hábitos, palavras, maneiras de pensar diferentes das minhas. A escrita sempre foi uma forma de eu me expressar, colocar uma idéia, um sentimento de maneira palpável e com isso, de certa forma, me ajuda a fazer com que as coisas boas se tornem realidade.




Agora estou revisitando um livro ja lido, que ja sei o começo, o meio e o fim, mas alguns capítulos não ficaram claros. Esse é um livro daqueles que cada vez que se lê temos uma interpretação diferente, pegamos uma coisinha aqui, outra ali... e de vez em quando o deixamos lá quietinho, na prateleira para pegarmos de volta e continuar quando estivermos no momento certo.




Toda vez que pego esse livro volto para a mesma página e capítulo e a história não flui. Tenho que ler e reler, ja consultei outros livros, dicionários até outras bibliografias, mas acabo voltando sempre na mesma parte da história.




Minha sensação é que estou de volta a escola, lendo um daqueles clássicos da literatura, que não estamos preparados para ler aos 13 anos, pois não temos vocabulário nem experiência de vida para captar a essência, o que o autor quis dizer nas entrelinhas.




E toda vez que pego o livro, volto a essa página, canso de ler e reler, consultar, perguntar, mas as conclusões não vêm para que eu possa continuar a ler, terminar o livro e guardar lá na minha prateleira, lindo e glorioso, como complemento da minha biblioteca, da minha formação.




Estou em dúvida, se eu encosto o livro novamente e tento voltar à história novamente mais tarde, quando estiver mais preparada, ou se eu sento e estudo essa história, esmiuço tudo para finalmente esquecer de vez, quem sabe fazer uma doação, vender a um Sebo...




Eu acho que a essa conclusão eu vou chegar sozinha, como em muitas coisas que fiz ultimamente. Mas me sinto incomodada de ficar perturbando as pessoas sempre com o mesmo texto, as mesmas dúvidas, as mesmas angústias...




Um vez o Renato Russo escreveu "sei que as vezes uso // palavras repetidas // mas quais são as palavras que nunca são ditas..." a questão é que eu mesma estou cansada de ser repetitiva.




Peço desculpas aos meus consultores, dicionários, fontes e afins, mas será que alguém aí tem um livro novo pra me doar, emprestar, sugerir?




Há alguma resposta? (eco eco eco eco)




Mas agradeço de coração a todos sem exceção, a quem consulto ou ja consultei sobre esse velho e desgastado livro e que me deram uma resposta simples e verdadeira.




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