domingo, 22 de abril de 2012

Melancolia

Nos últimos dias fui obrigada a permanecer em repouso, por ordens médicas, pra sarar logo.

Mas quem disse que a gente fica completamente quieto? Hoje sei, mais do que nunca, que quanto menos o corpo trabalha mais a mente se agita, pensa, pensa, pensa até cansar, porque o corpo, cansado do descanso se recusa a desligar.

Nessas horas, por menos que se queira bate aquela sensação de cansaço, de abandono de mim por mim mesma e pelos outros, mesmo eu sabendo que não é culpa de ninguém eu estar assim.

O que eu fiz? Tentei manter minha mente ocupada. Como? Crochê, filmes, arrumar a gaveta, cozinhar, arrumar outra gaveta...mas sabe, quando a gente menos percebe, lá está a pulguinha que pica a gente com aquele veneninho leve, mas que incomoda.

Acho que esse tipo de melancolia é como aquelas doenças que só atacam a gente quando a imunidade está baixa e de repente a gente percebe que ela está lá, tipo uma afta na língua ou herpes labial.

Eu sei que logo logo tanto cabeça, quanto corpo voltarão a estar bem, mas que vou carregar cicatrizes, vou ter um trabalhinho pra voltar a ser como era.

Mas amanhã, bem cedo é dia de tirar o pijama, dia de ser positiva, dia de tratar os outros e a mim mesma muito bem e deixar a melancolia ali dobradinha num canto escondido, mas de fácil acesso, talvez, junto com os biquines, que atualmente eu raramente uso.

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