Música para o post:
https://www.youtube.com/watch?v=-2U0Ivkn2Ds
Dizem que quando estamos lá no céu
prestes a encarnar nós escolhemos as nossas missões, os nossos karmas pra
essa vida.
Nos meus 33 aninhos de vida eu acho que até o momento só consegui descobrir quais as minhas missões: aprender a ter paciência e aprender a me relacionar com as pessoas em geral.
Sim, já acho um avanço grande ter descoberto qual a minha missão, mas queria ter já avançado mais no processo de cumpri-la e, às vezes, me pergunto: por que cargas d'água eu fui escolher duas coisas tão complicadas, especialmente quanto a lidar com as pessoas e os relacionamentos? Por que???
O que eu mais
tenho sofrido é com o poder do silêncio, o poder da desinformação. Me
pergunto como as pessoas conseguem não sentir nada, não fazer nada, apenas sumir da
vida da gente após darmos carinho, confiança, abrir nossa casa e a nossa
intimidade sem nenhum remorso?
Me pergunto
se eu que sou egoísta por querer receber algum carinho e consideração ou se as
pessoas é que são por simplesmente deletar alguém assim de uma hora para a
outra, sem haver chance de conversa, sem haver chance de que o relacionamento
se torne qualquer coisa, menos nada.
Não sei se é porque eu sou sim uma pessoa carente, mas não carente no mau sentido, sou carente pois moro sozinha com um gato, sou carente porque estou longe física psicologicamente da minha família, sou carente porque a vida me obrigou a ser extremamente independente e acho, que por isso mesmo, as pessoas me marcam muito, ficam ali tatuadas na minha vida e para mim é muito traumático quando elas saem assim do nada, ainda mais abruptamente e sem explicações e sem oportunidade para uma chance qualquer. Eu sempre supero, mas nunca totalmente, fica sempre uma marca dupla: a marca da pessoa (e o fato de eu ter me encantado por ela) e a marca da forma como ela se foi.
Eu espero que isso não seja um círculo vicioso na minha vida e por mais que me digam que eu tenho que ser a forte, que eu não devo me apegar, não devo confiar, também me questiono se é assim mesmo que funciona. Me pergunto se eu que tenho que mudar na minha forma de agir, se tenho que passar a ser fria... mas isso é absolutamente fugir da minha natureza que é de escrever poesia, agradar, fazer cafuné até eu ou a pessoa dormirmos. Será que é errado querer dar carinho e ficar triste quando ele não é retribuído?
Acho que não.
Bora botar curativo na ferida do silêncio e retomar a busca do poeta carinhoso que eu acho que está por aí.
Sou idêntica a você. Sinto essa mesma dor. Feliz ou infelizmente acho que ainda vou ter que viver mais uma vez para aprender a arte do desapego.
ResponderExcluirMas enquanto estamos nessa vamos dar valor a quem nos dá e acha isso uma qualidade e não um defeito. ;)