Tadinho do meu blog, tava sozinho, abandonado, mas não, não esqueci dele.
Na verdade tenho pensado nele, mas é tanta coisa pra resolver, tanta coisa acontecendo que infelizmente (ou felizmente) tive que me focar nas prioridades.
Bom, uma pequena retrospectiva:
Para quem não sabe, agora tenho no currículo mais 11 dias de hospital.
Dores e mais dores e não havia quem descobrisse o que eu tinha, indo e voltando de hospital, médico achando que eu tava mentindo pra pegar atestado. Médico pensando se eu pudesse ter vermes (bom sou comilona, confesso, mas daí a ter vermes...). Médico pensando que eu poderia estar grávida. Que a dor que tava na barriga era por causa de qualquer outra coisa, menos uma coisa na barriga. Pois bem, um dia eu pedi arrego e aí a médica falou: Bom, agora vc não sai daqui até a gente te revirar do avesso e descobrirmos o que vc tem.
O resumo da ópera: reviraram do avesso, descobriram, trataram e continuarão tratanto.
Mas também fiz muitos amigos e amigas (enfermeiras do Santa Isabel, obrigada de novo, vocês são umas queridas). Marcela e Thais, obrigada pela companhia agradável, mesmo no estado em que estávamos, o bom humor, as brincadeiras sempre imperavam.
O mais engraçado é que, apesar de ainda estar debilidada, apesar de eu ter passado 11 dias bem difíceis, saí de lá com otimismo, sabendo que graças a Deus tenho amigos mais do que maravilhosos que eu amo muito e que também me amam e se preocupam comigo. Saí de lá com energia, fome de viver, de sentir, de me divertir, de coisas boas.
Sinto que esses 11 dias foram reservados especialmente pra mim e que o destino está preparando coisas bem legais. Para mim, não é por acaso que fiquei onde fiquei, com quem eu fiquei, quem cuidou de mim e eu sentin também que de certo modo estava cuidando dos outros.
Esses dias me serviram para aprender que cuidar não é me doar 100%, é doar o que posso. Aprendi que palavras de carinho, de consolo, de alegria são mais valiosas do que qualquer presente. Aprendi a agradecer mais e mais. Aprendi que a minha alegria pode cativar os outros e tornar tudo ao meu redor mais facil.
Também sei hoje, que dormir demais cansa. Que comer demais da tontura.
Aprendi que pedir ajuda é importante. Que de vez em quando, quando vem a mágoa do pântano, é preciso empinar mais a cabeça, botar a boca no trombone e gritar HELP!
E esse HELP! Não é só pra ajuda com uma coisa, é com ajuda pra animar, pra conversar, pra desabafar.
Ajudar é importante, pedir ajuda também.
E agora? Estou recuperando o tempo perdido. estou botando a casa, as coisas e a vida em ordem.
Estou me preparando para o caso de eu tomar decisões importantes, estabelecer metas, buscar o melhor para mim e o melhor de mim.
Não quero esquecer nada do que passou, mas quero aprender com os erros, manter os amigos de verdade e botar pra fora tudo o que não é bom... botando o lixo pra fora e trazendo luz pra dentro.
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