Às vezes me sinto muito mais nova do que minha idade.
Há momentos em que tudo o que eu quero é uma farra, um pouquinho de irresponsabilidade, comer tudo sem pensar, sair sem pensar no dia de amanhã.
Não me sinto com a idade pesando nas costas, mas tenho a sensação de que já vivi tanta coisa e que tenho tanto tanto a ver, a descobrir e a sentir.
Ainda tenho uma certa carinha de criança, um fescor nos olhos e no coração que não quero perder tão cedo, pelo menos não por completo.
O que eu quero é aproveitar a vida da melhor forma, correr os riscos calculados, com a cabeça no lugar e fazer o que me da vontade, o que me faz bem e não algo simplesmente para agradar aos outros, cansei disso, tenho que agradar a mim, mais do que aos todos e essa é mais uma liçãozinha que aprendi e venho aprendendo.
O meu aniversário de 30 anos já foi faz uns meses, não fiz lista de desejos, não dei um baile, mas estava ao lado de quem eu queria estar, dos que amo e isso é o importante.
E mais importante do que comemorar uma data... literalmente datada... é celebrar os desaniversários, como o Chapeleiro Louco da Alice. Comemorar todos os dias, todas as chances, todas as pessoas que vêm para esse meu pequeno círculo que só vejo crescer mais e mais.
Quando me perguntam quantos anos tenho, falo com muito muito orgulho, porque eu vivi esses anos, aprendi com eles, mas me sinto tão bem como nos vinte e pouquinos.
Me chamam de metida? Bah! Sou mesmo! E sabe, me orgulho sim, pois está no sangue, as mulheres da minha família, em sua maioria, são mulheres fortes, corajosas e muito bonitas. E sinto tanto orgulho delas! Espero não desapontar a nenhuma, espero conquistar ao menos uma parte do que elas conquistaram, sempre em frente, sempre sem parar, olhando de vez em quando para trás para aprender com os erros, mas com a vaidade intacta, psicologica e fisicamente.